segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Esperança, gratidão e alegria: a new lifestyle!

"...porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação." Fp. 4:11b


Se tem uma característica que marca a vida do cristão de forma que o diferencie das outras pessoas é a forma como ele olha a vida. De fato, ser cristão é nadar contra a correnteza na maior parte do tempo. A perspectiva ou o prisma pelo qual se olha é completamente outro... deve ser outro!

Para o cristão não existem acasos ou coincidências, sorte ou azar, imprevistos, descontroles... Pode crer! Se um cristão disser que em sua vida existe alguma dessas coisas, algo está errado, fora do lugar!

Às vésperas de mais um Ano Novo, desejo propor a você uma reflexão, uma leitura e uma mudança. Sim! São três propostas!

A reflexão...
Como anda sua vida? Não, não quero que responda pra mim... é só pra pensar mesmo...

Você é uma pessoa feliz? Pois éé... pra responder isso é preciso definir a felicidade, não é?

A reflexão que proponho é exatamente esta: você sabe o que é felicidade, afinal? Será mesmo que o cerne de sua caminhada é buscá-la a todo custo? Como buscar algo que não se sabe bem o que é?

Acredito que as maiores frustrações da vida humana decorrem disso mesmo: cada um define pra si o que é felicidade e, ou passa a vida toda correndo atrás de algo que quando é alcançado não preenche o vazio que as expectativas criaram, ou pior, passa a vida toda se lamentando por acreditar que não é feliz por culpa dos outros ou das circunstâncias, por falta de oportunidades, ou até por "conspirações do acaso ou da sorte.

Já parou pra pensar que a felicidade talvez não seja um objetivo a ser buscado, mas é a consequência de um?

"Ok, e qual é esse ojetivo?", você me perguntaria...
Chegamos à minha segunda proposta!

A leitura...

Você tem uma bíblia em casa? Se não tiver, empresta uma... a leitura que vou sugerir é bem curta, você pode até tirar uma cópia pra ler com mais calma.

No Novo Testamento existe uma carta que Paulo, o apóstolo, escreveu aos cristãos da cidade de Filipos.

Esses cristãos se converteram através da pregação desse apóstolo quando ele esteve lá, havia pouco tempo. Na ocasião que escreve aos Filipenses, Paulo estava preso. Sim... numa cadeia por ter o "péssimo" hábito de falar de Cristo e do evangelho pelas ruas!!

E dali da cadeia, ele escreve essa cartinha que na bíblia tem apenas 4 capítulos, transbordando esperança, gratidão e alegria!!

Se você quiser contar, vai perceber no texto mais de 10 vezes a menção da palavra 'alegria' ou expressões sinônimas. Dizem que são ao todo 16 vezes...

Ele também repete algumas vezes a expressão "porque estou certo de que...". As certezas que Paulo tinha na vida eram o fundamento de sua esperança e, sem duvidar, ele diz aos filipenses e a nós: "sede imitadores meus".

Na carta o apóstolo tem o especial cuidaddo de agradecer os donativos e as orações dos irmãos. Além das algemas, Paulo passava por muitas necessidades, e vê na vida e atitude daqueles irmãos motivo para ser grato por suas algemas, afirmando que tudo que estava acontecendo tinha "contribuído para o progresso do evangelho".

Ele sabia que não sofria em vão!!

Disse também que os cristãos receberam a graça de padecer por Cristo e não apenas de crer nele. Paulo se alegrava pelo sofrimento!

Que maluco, não é? Sim, é muuuitoo maluco!! E aqui chegamos à última proposta:

A mudança...

Depois que você leu essa carta e pensou um pouco sobre sua própria vida, consegue fazer uma lista das diferenças entre o seu estilo de vida e o de Paulo? E eu não estou falando quanto ao fato dele ser um pregador andarilho, não... me refiro à esperança, à gratidão, à alegria, ao entusiasmo da vida desse senhor encarcerado.

Quer mesmo ter uma vida feliz??

Então meus votos, para que isso aconteça, são no sentido de que você também entregue sua vida nas mãos d'Aquele que pode todas as coisas - Jesus, o Cristo!!

E que você seja como nós, cristãos, doidão de pedra... ehehehhh... lifestyle: FELIZ!!


terça-feira, 12 de maio de 2009

Só!


Sozinho...

Você já passou por esta condição? Como rolou?
Sentiu-se desconfortável? Com o quê?
Já parou pra pensar que o conforto ou desconforto numa situação de isolamento talvez não venha diretamente desse ponto? Que não é o isolamento propriamente que é desconfortável ou confortável?
Percebe que o carinha na foto pode sentir-se desconfortável e não é por estar sozinho, mas por onde está?
O conforto é entendido e experimentado pela chave das sensações, dos sentidos.
É por isso que, senso comum, se diz que é "ruim" ficar ou estar sozinho. Pensa-se tal estado como uma sensação. E, invariavelmente, fugimos dela.

Solidão...
Nunca vi alguém falar de solidão como algo positivo, algo benéfico em si. Exceto em momentos de autocomiseração... eheheh... quando uma falsa noção de si mesmo brota e cega.
Quando o estado de isolamento é lido na chave das sensações "ruins" ou do desconforto, é tratado pelo nome solidão.
E é hilário notar que muitas e muitas vezes sentimos solidão mesmo estando cercados por multidão. Que incrível! Até mesmo a solidão é um produto de relação! Não é um isolamento real. Ao contrário, a sensação solidão surge em momentos, por exemplo, de comparação, seja de nossa vida com a vida de outros, seja entre momentos ou estágios diferentes da própria vida em questão.

Pra mim, essa sensação amarga de solidão definitivamente não tem nada a ver com isolamento puro e simples.

Quero, então, propôr um raciocínio: Se o que chamamos por solidão não é meramente o estado de estar só, mas muito mais um sentimento, uma sensação relacional, geralmente "ruim", e que aflora quando estamos sós, o que afinal seria o isolamento simples e quais suas causas ou produtos?

Sim. Existe(m) outro(s) lado(s) nessa história! É possível pensá-lo...
Sobretudo por uma opção didática, gostaria de propor o termo solitude. Já o li algumas vezes exatamente com essa idéia: ser algo diferente de solidão. Assumindo que esta possui aspecto negativo e sugerindo, então, um lado positivo pr'aquele novo termo. Na 'dicionariologia' são estritamente a mesma coisa!

Quando é que um isolamento pode ser positivo, benéfico?

Não é difícil perceber...
Quando é um isolamento planejado, escolhido, decidido!
Na solidão não se quer estar só, não se pediu por ela, no entanto chegou, assoladora. Não é?
Na solitude, o isolamento é escolhido, decidido!

Sentimentos e sensações produzem a solidão, enquanto que a solitude, que surge da razão, produz sentimentos e sensações.

Pergunta que não quer calar: Por que, raios, alguém escolheria estar só?
É difícil responder. Mas não impossível...
Essa pergunta surge porque, de cara, definimos que estar só é ruim. Mas isso não é regra...
Estar só implica longos períodos de silêncio, períodos de observação e, sobretudo, períodos de pensamentos, reflexão... mas não qualquer reflexão!

Costumo dizer que solitude não é para todos, nem para muitos...
Para escolher isolar-se é requerido um mínimo de maturidade emocional, uma boa pitada de coragem pra encarar-se honestamente...

Bom, só com esses dois quesitos já rola uma outra longa discussão, afinal, pra tais posturas a boa saúde emocional que é capaz de julgar-se sem altas ou baixas estimas é imprescindível!!!

Conheço gente (e me reconheço nelas) que se isola por 'n' sentimentos ambíguos, atitudes mesquinhas de falsa reflexão, status de pensador, saca? Uma idéia de grito silencioso. Por dificuldade de expressão busca o isolamento, como se sua solidão fosse 'culpa' dos outros: "Eles é que não me entendem!". Na verdade, é um isolamento que visa pedestais, aprovações, numa louca dinâmica solidão/multidão. Forçam um isolamento que choque os outros, que incomode os outros, a ponto de que alguém faça alguma coisa. Não a própria pessoa.

Lembrei-me de uma garota que conheci, que quando estava mal ficava na dela, mas sempre achava um momento pra chorar em público, pra que alguém perguntasse o que estava acontecendo e o que poderia fazer pra ajudá-la.
Gente com sede de multidão, mas travestida de aparência introspectiva. Infelizmente, é a mesma gente que padece na solidão sem jamais experimentar a solitude.

Olha... pra diminuir tudo aquilo que posso falar aqui, o processo de solitude, do começo ao fim, é pautado por decisões e escolhas! Qualquer espécie de sentimento (ou sentimentalismo) só pode ser fruto dele e não sua causa ou motivação.

Tenho procurado avaliar se meus momentos de "estar só" são produzidos por emoções ou decisões! Esse é exercício muito legal pra botar as engrenagens pra rodar!

Veja, por exemplo, há relacionamentos que dão super errado, e outros que dão super certo, exatamente porque os envolvidos percebem, ou não, essa distinção de estados ou situações.

Há quem vá pensar: "E daí? Pelo menos tô com alguém!!"

Éé... em meus momentos de solidão, concordaria com isso... é uma posição egoísta, que já tive várias vezes, que visa meu bem-estar em detrimento do resto do mundo... ao menos é o que penso.

Nos momentos de solitude enfrento meus bichos sozinha, aprendo lidar com eles. Acredito que me fortaleço sem ter outros por muletas ou capachos. E na ocorrência de qualquer relacionamento que seja (família, amigos, namoro...) não ficarei dependente de ninguém, sequer da minha baixa ou alta estima retroalimentada.
O faquir vê efeitos terapêuticos de sua cama... e ninguém o obrigou a deitar-se... por isso não reclama...
É meio isso...

terça-feira, 5 de maio de 2009

É o que me interessa - Lenine

"Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa


Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa


A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa"

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Não obstante!

Sem poder me mover,
sequer distinguir feição ou ruído,
incompetente para gritar ou me esquivar...
Perdida em meio a cacos e tocos, pedras e espinhos,
Tão frágil, me desfazia em pedaços de gelo e sangue.

E bem assim, sem desviar o olhar ou o olfato, me quiseste.
Ao contrário, olhos fitos na minha dor, como se só pelo contemplar me curasse, fogo cicatrizante!
Tua alma desejou a minha!
Mãos de veludo, veludo com cheiro de flor
foram me envolvendo, me catando os pedaços, juntando minha repugnância...

Chamaste-me ferida linda, verme precioso...
Jamais compreendi tal apêgo, tal sentimento, tal decisão!

Eu agora, pedaço refeito, remendo acabado, ainda um nada,
posso sentir gosto, consigo ver-te pelo tato.

E fico aqui aninhada, em segredo no teu peito, onde tuas mãos recobrem o meu asco, e teus batimentos dão ritmo aos meus.

Sequer tenho algo pra oferecer... tenho só dejetos e pus!
Mas ainda me chamas querida e amada!

Resta-me apenas um pensamento contrito...
Desejo amar-te mais que tudo!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Percepção

Não gosto de levantar-me cedo, mas é mais por apêgo ao sono que por evitação da manhã, confesso. Mas minhas escolhas me impõem agenda (ou seria o contrário?) que me força a abandonar os braços de Morfeu no auge da satisfação.

Então, gostando pouco da matina, me escondo em passos silenciosos e lentes negras, deixando meu cheiro de banho espargido pela rota.

Vou reparando coisinhas...

Me pego rindo por ver um gato manhoso que me acompanha interesseiro... Passarinhos nada exóticos fazem bagunça acima da minha cabeça... e num mau humor sonolento pensei que podiam me sujar... ri de novo... só algumas folhas caíram, colorindo o cinza de verde.

Abandonando o cinza de vez, ouço a sola roçar grama cantante pelo caminho.

Fui olhando pra frente. Vi meus braços se alternarem numa brincadeira de balanço que os cabelos, sem serem convidados, insistiam em participar.

Quase fechei os olhos.

Como se fosse velho conhecido, um vento passa suave por mim sem contar de onde veio e nem pra onde vai... toca, envolve e deixa...

Olhei pra cima. O céu azul gelado presta-se de fundo para flores, dragões e pipoca dançarem mudando nuvens em garatuja infantil. Achei graça...

E de riso em riso, o sono foi embora.

E a mente desperta vê estampada no banal ideologia. Atraca razão e coerência na maré de amenidades e singeleza.

E notar, na lenta dinâmica dos sentidos, que não é preciso tanto mais pra que o dia seja especial é presentear-se com a oportunidade de conceber o óbvio: o dia está só começando!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Limites e limiares

Como você conhece seus limites? Como sabe se de fato eles existem?

Há quem viva testando-os, e há quem viva evitando-os. Estes temem arriscar, temem sair do eixo, temem não saber voltar... voltar pra onde? Sei lá, tanto faz. E aqueles outros desconstroem os eixos, até negam-nos completamente... mesmo sem se perceberem vivendo em função deles...

Fiquei pensando nos meus próprios... eixos, limites e limiares... o fio tênue entre isto e aquilo, aqui, lá e acolá...

Foi bom perceber que, seja com insegurança ou certeza, os passos não cessaram... ficaram lentos em alguns momentos, bem velozes em outros, mas não pararam! E os limites a minha volta, se alargaram! De repente notei que não me têm por eixo... o eixo não sou eu... não tenho eixo... gravito em eixos maiores...

Posso sair do eixo... não quero, mas posso... posso pirar no movimento, os limites não estão em mim e meus limites parecem piada quando miro o eixo que tenho gravitado!

Olhando daqui, tudo parece limitador, limitante, limitado... olhando de lá, rsrrssrss... limite? Onde?

Prefiro olhar de lá pra cá e me lançar! Mergulho, vôo, salto, corro, sem nunca faltar o ar... Me afogo, me afundo e volto, e ainda estou viva!!! O céu não é o limite! Dimensões e universos pra percorrer, e não há como me perder!

Continuo

Ficar parado olhando limites e limiares, viver evitando ou testando tudo é ter-se muito como centro, é egoísmo!

terça-feira, 14 de abril de 2009

SONHO

"I have a dream!"

E quem num have?

Heavy quem num have...
Heavy ou hard?

Se pá, have na rave... mai' lá num have me'mo... trash...

Hope to have! I hope... I have a dream...

I'm dreaming... about you... are you dreaming too?
I don't think so... you're very sick... a complete stranger to me...
I wish you to get better... that's my dream...
You... sick, blind, lost, unhappy, naked, miserable... slave of your way... thinking about freedom!

I know where is the real liberty!!

Quando você me disse que queria saber... acordei!
Corri, corri... te encontrei... amarrado... no mesmo lugar de sempre...
Me disse que está confortável, que está tudo bem!

Your outburst let me speechless!

I have a dream... yet!

sábado, 11 de abril de 2009

É pouco!

Lembrei de alguém me dizendo, outro dia, que carinho às vezes é bom...

Será?

Do que mesmo ele falava? Blábláblá esquizofrênico...
Movimentos convulsivos das mãos agora são carícias?

São assaltos... pessoas lesadas se arrastam doentes, suplicando mais uma dose daquilo que recebem "às vezes".
Dizem que é bom porque é só o que provaram.
Ninguém acaricia estômago... fígado...

Só pele.

Meu estômago está doendo... todo estômago, um dia, dói.

Será que não perceberam que dermatoterapia não vai resolver?

INOCÊNCIA




Meus heróis estão mortos... seja de overdose, seja de apatia...
Meus melhores amigos são meus inimigos. Minha alegria se mostra em lágrimas e dor.

Reconheço minha nudez, solidão estática...
Estou chorando, é o fim. As cigarras pararam de cantar e não é porque buscam poesias novas. Explodiram em meio a monotonia de seu canto...
Ao menos havia canto...

Achei ter ouvido alguma coisa, mas era só meu grito voltando do fundo da caverna. Esqueletos não respondem. Não há som, nem calor... olhar algum para me perder...

Me encantei, voei, procurei... não há nada!
Dor lancinante!
Tive que voltar... pés no chão...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mudanças!!

Pois é... 2009 está aí!!
Cheiro de calendário novo sobre a mesa... cheiro de verão... cheiro de praia... é Ano Novo!!

Dizem que "forças positivas emanam" nessa época de festas, fim de ano, ano novo! Dizem que há um "espírito de harmonia" envolvendo a todos!! Nós até conversamos com os outros num tom diferente... desejamos tudo de bom pra todo mundo... mesmo que sejam pessoas estranhas, ou pessoas que de certa forma evitamos durante o ano todo...

Surge também aquela sensação de missão cumprida, sensação de "fechado pra balanço"... parece que nossa planilha excel interna está cheia e precisamos abrir uma nova... eheheh... que estranho!! Parece que temos que fazer backup da vida pra formatar a HD... rrsrsrsrss... tudo isso só porque acabou um ano!

É uma época marcada por avaliações, por reformulações, por escusas, por agradecimentos e por planos, muitos planos... planos de confirmação e de mudança!!

Mudança... amo essa palavra!!
Acho que é porque percebo no interior dela um germe de esperança! Por pior que a mudança nos pareça a princípio, sempre traz em si a esperança de que as coisas melhorem, de que mais a frente haverá algum retorno, alguma vantagem... acreditamos que o preço pago pela mudança se reverta, em algum momento, em benefícios. A questão é: quanto tempo vai levar pra que ocorra tal reversão?
Mas será que é só isso que importa?

Outro dia estava conversando com um rapaz de vinte e tantos anos, e no meio do papo ele disse: "Eu não vou mudar em nada meu jeito de ser!"

Já que esse papo estava mais pra um fight, como de costume fiquei ruminando tudo o que disse e o que ouvi... e fiquei triste, muito triste! Não só porque o cara, visivelmente, fechava qualquer porta para o entendimento... isso foi horrível, sim... mas depois a tristeza aumentou por perceber que, apesar de ser bem mais novo que eu, acho que não conheço alma mais velha que aquela... velha no mau sentido...

As mudanças, como disse antes, trazem no cerne a esperança... no mínimo uma expectativa de novidade! E essa esperança funciona como dínamo da vida! Queima por dentro! Nos arranca do lugar e faz andar! E quando essa esperança ou expectativa é satisfeita, gera ainda mais mudanças, ou pelo menos, gera coragem para nos lançarmos noutras mudanças!

Por outro lado, é natural termos aversão a mudanças. Dá medo, insegurança muitas vezes...
Mas não mudar nada, nunca, ou é ter um medo imenso, beirando à doença, ou é se imaginar plenamente perfeito, completamente pronto e capaz.

Ééé... mas mudar tudo, sempre, é igualmente esquisito e absurdo. Não é o que estou sugerindo! As duas atitudes parecem insanas, irracionais, sabe? Para ambas não preciso pensar quase em nada... não preciso avaliar, sondar, parlamentar... é tosco...

Vivemos nos relacionando o tempo todo, querendo ou não. Nos relacionamos com o tempo, com valores, com o ambiente e, sobretudo, com gente e mais gente. Em cada área marcamos e somos marcados, há pontos fixos e pontos móveis de contato. Uma amiga me disse, um dia, que todos somos lixas, vivemos nos "atritando". A todo momento sendo moldados!!

Faz TODA diferença querer ou não querer mudar... seja no que for, e seja o quanto for... minha postura quanto a isso vai determinar o "formato" que terei! Por isso podemos ver pessoas que são verdadeiros diamantes polidos, e outros que são pura pedra bruta!

É bem nisso que estou pensando alto aqui...

Ano Novo!! É muito bom chegar aqui e fazer o exercício de olhar pra trás e olhar pra frente!
Mas não deixe a demagogia ou hipocrisia do momento te levar... não faça promessas que não vai, ou melhor, que não quer cumprir! Não embarque no discurso de "harmonia universal" ou "energia da ocasião" que, pra mim, é o mesmo que dizer que Papai Noel existe.

Fazer avaliações, reformulações e planos deve ser uma constante em minha vida!! 365 dias repassados em 1??? Tá boom... Ninguém faz isso em relação às finanças ou negócios! Semana após semana, mês a mês os cálculos são refeitos, a agenda é visitada, os contatos são consultados...

Na vida pessoal não dá pra ser diferente!

Meu desejo é que seu 2009 seja maravilhoso!! Mas que você seja surpreendente! Uma pessoa fascinante! Não só por trazer do ordinário da vida tudo aquilo que já foi bom, mas por mostrar o quanto é bom um pouco do extraordinário!!

Espere dias melhores, sim!! Mas talvez o que falta pra que eles venham é que você escolha mudar!!

Feliz Vida!!